Resumo /cibercultura
O texto Dilúvios de Pierre Lévy traz uma discussão acerca do que a cibercultura representa hoje para a sociedade. Não consiste exatamente em defendê-la como um bem inegável, mas propõe exatamente enxergar nela as potencialidades mais positivas, seja nos planos econômico, político, cultural e humano.
Lévy coloca que a cibercultura é um movimento que oferece novas formas de comunicação, o que chama a atenção de milhares de jovens pelo mundo. Assim, ele lembra que aqueles que denunciam a cibercultura têm certa aparência com os que denunciavam o rock e o cinema há algumas décadas. Sendo que estes por inúmeras vezes foram porta-vozes dos sonhos e aspirações da juventude na época. Não necessariamente acabando com a fome a miséria, mas permitindo que muitos se divertissem ao ouvir ou tocar suas músicas.
A proposta de Lévy é, então, não se posicionar a favor ou contra, mas permanecer abertos a novidades e as mudanças. Apostando que apenas dessa forma seremos capazes de desenvolver essas tecnologias dentro de uma perspectiva humanista.
Mais a frente ele coloca que a questão está definida: o ciberespaço entrou para a era comercial. O que significaria um aumento significativo no abismo que separa os bem-nascidos e os excluídos, colocando a concentração do poder nas mãos de uns poucos dominadores. Onde quem aprecia a cibercultura coloca-se imediatamente no lado do neoliberalismo e do capitalismo financeiro.
Esta visão sugere que a rede está se tornando mais uma finalidade mercadológica e paga. Lévy, portanto, argumenta que a música e o cinema também são produtos industriais, mas nem por isso aumentou o fosso existente entre ricos e pobres. Além do mais se os serviços pagos na rede estão aumentando, os serviços gratuitos aumentam em uma velocidade bem maior. E que, não são os pobres que se opõem a rede mas, sim aqueles, cujos poderes estão sendo ameaçados.
Posteriormente, Lévy lembra