RESUMO CAPITULO 1 FORMAÇÃO DA LIT BRASILEIRA

CAPITULO 1 – RAZÃO NATUREZA E VERDADE
O estilo do Arcadismo é apresentado, como indicado no próprio título, sob o prisma de três eixos basilares do período: razão, natureza e verdade. Como nota esclarecedora é preciso diferenciar as idiossincrasias de três manifestações (Neoclassicismo, Ilustração e Arcadismo), que costumam ser agrupadas numa análise genérica que recebem, muitas vezes, apenas o rótulo árcade, no entanto, essas particularidades reforçam a constatação de que os textos produzidos nesse período e sob tais inclinações são de complexa classificação, visto que pode restringir aquilo que um conjunto de outras influências, como o maneirismo e o pré-romantismo, não permite homogeneidade .
Com o intuito de uma facilitação nessa busca da formação da literatura brasileira, e considerando que seu nascimento se deu na efervescência desse período, a análise torna-se mais palpável ao se considerar o Arcadismo como mola central em que as outras tendências se articulam e completam, tendo nos três eixos, já supracitados, as bases ideológicas, estilísticas e filosóficas que lhe dão forma.
À razão cabe o complemento da imitação, visto que, seguindo a ideologia da mimese classicista, os modelos tradicionais da antiguidade estavam intrinsecamente incorporados à composição artística, inobstante, com o intuito da objetividade e clareza do pensamento, o fazer poético era uma tarefa de superação dos mestres. Cândido Lusitano, por exemplo, inseriu o deleite nessa construção artística, quebrando o pedestal do utilitarismo para, ao lado dele, mesmo que timidamente reinasse também o agradável e a comunicação.
A poesia árcade precisou ser comunicativa, destinada a um público que necessitava compreende-la e por ela ser representada. A imitação pura e simples não seria uma estratégia facilitadora desse diálogo, mas sim, uma imitação como modelo seguro à imaginação, que buscaria sua fonte em emoções mais genéricas, ainda que superficiais.
Já à natureza coube uma exploração da