Resumo Capitulo 1 - Aprender Antropologia
Resumo Capítulo 1 - A Pré-História da Antropologia
Com o início das descobertas de novos povos durante os séculos XV, XVI e XVII, refletiu-se se aqueles indivíduos pertenciam à humanidade. O critério então utilizado para responder essa pergunta fora o religioso, tento como questionamento central se os mesmos possuíam alma e até se o pecado original lhes cabia. Sem alcançar nenhuma resposta objetiva houve uma bipolarização ideológica, culminando num debate público entre os que reconheciam na diferença desses povos valores positivos que superavam por sua vez em muito a esfera política e social europeia, e outros que constatavam um grau de involução à essas nações consentindo com que fossem subjugadas e dominadas por mostrarem valores e virtudes inferiores ou mesmo por não possuí-los.
A Figura do Mal Selvagem e do Bom Civilizado:
A partir do século XVI além do carácter religioso já citado, a aparência física, os hábitos alimentares e a inteligência, tendo como ponto de partida a linguagem, passaram também a serem instrumentos de avaliação para responder a questão inicial. Aproximando esses povos dos animais, bestificando-os, e por consequência definindo-os como “selvagens”, o “homem civilizado” passou a impor sua verdade, seus costumes e suas regras no momento de analisar e valorar esses povos, caracterizando-os como inferiores, preguiçosos, não producentes, inúteis para sociedade tendo seu ápice na frase do filósofo Friedrich Hegel, na qual os negros passam “para o nível de uma coisa, de um objeto sem valor”. Tal linha de pensamento caracteriza-se pela definição do Mal Selvagem.
A Figura do Bom Selvagem e do Mal Civilizado:
Os primeiros registros de um raciocínio que se contrapõe ao anterior surgem nos relatos dos navegadores Américo Vespúcio e Cristóvão Colombo, no qual caracterizam o povo descoberto, como dócil, desprovidos de maldade, belos de pele escura, exaltando também sua terra e sua falta