Resenha de LeviStrauss e Laplantine, dialogo
Laplantine fala que “o Homem nunca parou de interrogar-se sobre si mesmo. Em todas as sociedades existiram homes que observaram homens” ¹. Ou seja ele afirma que o homem sempre estudou homem e sua sociedade. Sendo assim sempre um existiu um saber pré-antropológico. Somente no século XVIII segundo LaPlantine é que começa a nascer a visão do homem como objeto de estudo, adquirindo um carácter cientifico. No século XIX que a antropologia começa a legitimar-se como ciência , tendo objetos de estudos empíricos as sociedades “primitivas”, assim os primeiros antropólogos estudaram essas sociedades, tendo uma dualidade radical.
Mas antes do século XIX Rousseau já tinha ideias parecidas, ele foi considerado por Lévi Strauss como fundador das ciências dos homens. Rousseau em sua obra diz:
“Toda a Terra está povoada de nações de que não conhecemos os nomes, e nos atrevemos a julgar gênero humano! Suponhamos um Montesquieu, um Buffon, um Diderot, um Condillac, ou homens dessa têmpera, viajando para instruir seus compatriotas, observando e descrevendo, como eles o sabem, a Turquia, o Egito, os Bérberes, o Império de Marrocos, a Guiné, o país dos cafres, o interior da África e suas costas orientais, os Malabares, os Mongóis, as margens do Ganges, os reinos de Sião, de Peru e da Birmânia, a China, a Tartária, e sobretudo o Japão; depois , no outro hemisfério, o México, o Peru, o Chicle, as terras de Magalhães, sem esquecer os Patagônios verdadeiros ou falsos, o Tucumã, o Paraguai, se possível o Brasil, enfim as Caraíbas, a Flórida e todas as regiões