Resumo cap V-VIII O que é ciência afinal
Cap V-VIII
Domingos Alves Dias Júnior*
Segundo os falsificacionistas ingênuos, uma hipótese deve ser falsificável e, quanto mais sê-la, melhor, porém não deve ser falsificada. Nos capítulos anteriores, essa corrente de pensamento se mostrou mais atrativa do ponto de vista do progresso da ciência que o indutivismo, junto com sua demonstração da dependência que a observação tem da teoria. Entretanto, falsificacionistas mais sofisticados notam que as condições impostas por eles são insuficientes. Desta forma, o “falsificacionista sofisticado” aceita uma nova teoria se ela prevê algo não tangenciado pela rival e se for ainda mais falsificável. Evitando um problema técnico relacionado à mensuração absoluta de falsificabilidade que possui um número infinito de falsificadores. A modificação em uma teoria que não possua consequências testáveis e que não era uma consequência testável na teoria “não modificada” é denominada ad hoc. O ad hoc é usado como uma espécie de mecanismo para proteção de uma teoria para evitar a sua falsificação por uma determinada dificuldade em explicar algum fenômeno. Porém, um falsificacionista deseja rejeitar hipóteses ad hoc e encorajar hipóteses que levam a novas previsões testáveis, que não vem de teorias originais falsificadas. O falsificacionismo também se difere do indutivismo acerca da explicação do que é uma confirmação. Para os indutivistas, as instâncias confirmadoras de uma teoria são determinadas somente pelo relacionamento lógico entre as proposições de observação confirmadas e a teoria que elas apoiam. Diferentemente, os falsificacionistas, veem mérito em uma confirmação se for avaliada como improvável tendo em vista o conhecimento prévio da época, pois dessa maneira há uma contribuição de valor para a ciência. A possibilidade de uma proposição de observação