Resumo: BENÉVOLO, Leonardo. História da Cidade, Capítulo 6: Cidades Muçulmanas
O contexto histórico do período das cidades muçulmanas referia-se à queda do Império Romano e a expansão da civilização islâmica. A influência Islâmica torna as relações familiares mais importantes que a vida pública. As cidades árabes perdem os foros, teatros, basílicas, ginásios e etc., mantendo somente dois tipos de edifícios públicos: As termas; banhos públicos, e as mesquitas; culto religioso, que "são pátios porticados com um pórtico mais profundo e dividido por muitas fileiras de colunas, onde os fiéis individualmente ou em grupos encontram um local isolado para rezar." (BENÉVOLO, Leonardo. 2011. Cidades Muçulmanas. p 226). O Islã valoriza o caráter reservado e secreto da vida. As casas eram principalmente, de um único andar (segundo os preceitos da religião) e não havia preocupação com as fachadas. Há um empobrecimento da vida pública e despreocupa-se das forma de edificação do espaço público. O estreitamento das ruas seguem os preceitos de Maomé, que formam labirintos e não há configuração de agrupamento. O comércio por sua vez, não possui um agrupamento ou espaço reservado e localiza-se ao entorno das vias, sem o menor planejamento. A cidade é fechada por muralhas e possuía em sua estrutura urbana a Bab; porta de entrada em escala monumental. O desenvolvimento das artes proibia a forma humana como representação, como eram feitos na antiguidade. Naquele momentos, a decoração abstrata e a utilização de figuras geométricas integrava-se com a arquitetura. A expansão para o leste se deu após as cruzadas e a destruição de Bagdá. Nos séculos XVI e XVII, a caracterização de Isfahan, Agra e Dehli, caracterizou-se pela regularidade geométrica em grande escala, entretanto em conflito com as cidades já formadas, influenciadas pelo barroco