Restruturação da CME
PROJETO DE REESTRUTURAÇÃO E AMPLIAÇÃO DO HOSPITAL REGIONAL DE FRANCISCO SÁ
Flávia Borges Leite1
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INTRODUÇÃO
Desde a descentralização do sistema de saúde brasileiro, ocorrida a partir de 1988 com a criação do SUS, que viabilizou, entre outras conquistas, a universalidade da saúde, verificou-se a necessidade de unificação e a integração de serviços e a qualificação dos profissionais. Os desafios são muitos e envolvem revisões no financiamento, modelo institucional, modelo de atenção à saúde, gestão de trabalho e a participação social.
O presente artigo faz parte do projeto de reestruturação e ampliação do Hospital Regional de Francisco Sá (HRFS), que atende a população da microrregião de Francisco Sá do norte de Minas Gerais. Hoje, todos os serviços desse hospital funcionam de maneira precária e com baixa capacidade gerencial, sendo visível a necessidade de reestruturação e ampliação, com muitos desafios envolvendo áreas diversas como financiamento, atenção à saúde, gestão e participação social. Este artigo trata da Central de Materiais Esterilizados (CME) com a proposta de superar alguns desafios, para proporcionar um serviço de qualidade, com uma eficiência de escala, decorrente do custo x benefício de equipamentos, pessoal e investimento na estrutura física.
A CME é uma unidade de apoio técnico dentro do estabelecimento de saúde destinada a receber material considerado sujo e contaminado, descontaminá-los, prepará-los e esterilizá-los, bem como, preparar e esterilizar as roupas limpas oriundas da lavanderia e armazenar esses artigos para futura distribuição. No quadro atual, a CME não atende às normas necessárias para um funcionamento eficaz. Na busca por racionalizar os gastos e otimizar os recursos dos serviços decorrentes do custo x benefício de equipamentos, pessoal e investimento na estrutura física, a CME do HRFS se transformará numa Central de Materiais de esterilização da Microrregião atendendo a um total de 173