Ressurreição
Na teologia cristã, a ressurreição de Jesus é o fundamento da fé cristã. Os cristãos, pela fé no poder de Deus, são espiritualmente ressuscitados com Jesus e são redimidos para que vivam uma nova vida. Como Paulo afirmou: Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé.
Diversos estudiosos já apontaram que, na discussão sobre a ressurreição, Paulo ecoa um estilo de transmissão de conhecimento rabínica parte de uma tradição autoritativa antiga que ele recebeu e passou adiante para a igreja de Corinto. Por esta e por outras razões, é amplamente aceito que esta crença na ressurreição é de origem pré-paulina. Geza Vermes afirma que esta crença é "uma tradição que Paulo herdou dos que eram maiores que ele na fé na morte, sepultamento e ressurreição de Jesus" e sua origem foi a comunidade apostólica de Jerusalém, onde ela foi formalizada e passada adiante apenas alguns poucos anos depois da ressurreição. Paul Barret escreve que este tipo de credo é uma variante de "uma tradição primitiva básica que Paulo 'recebeu' em Damasco de Ananias por volta de 34 d.C." após a sua conversão.
A visão de Paulo era contrária aos ensinamentos dos filósofos gregos, para quem a ressurreição dos mortos significava uma nova prisão num corpo, que era o que eles queriam evitar, uma vez que para eles o corpóreo e o material aprisionavam o espírito. Ao mesmo tempo, Paulo acreditava que o corpo recém-ressuscitado seria também um corpo celestial, imortal, glorificado, poderoso e pneumático, bem diferente do corpo terreno, que é mortal, desonrado, fraco e psíquico. De acordo com o teólogo Peter Carnley, a ressurreição de Jesus é bem diferente da ressurreição de Lázaro pois "no caso de Lázaro, a pedra foi rolada para que ele pudesse sair... o Cristo ressuscitado não precisou que lhe rolassem a pedra, pois ele foi transformado e pode parecer onde quiser, quando quiser".
Tradição cristã
A ressurreição de Jesus é de importância