Respostas das Aulas de CPTE
Não podemos classificar Maquiavel e sua teoria como imorais. Tal interpretação nos sugere que o governante teorizado em O Príncipe agiria sempre contra os valores morais da sociedade. O que Maquiavel defende é um líder que deve se adequar as circunstâncias, ou seja, caso as boas ações sejam inconvenientes, elas devem ser deixadas de lado e não serão realizadas para manter a integridade do Estado, evidenciando a separação da política e da moral.
Levando em consideração estes preceitos, para o príncipe manter-se no poder ele deve realizar qualquer ação necessária, aliando-se a corruptos ou exterminando uma população se assim lhe for conveniente. Para o autor o príncipe deve ser amado ou temido, o importante é não ser odiado.
Em sua obra prima, Maquiavel trata das noções de virtude e fortuna. Segundo ele, as ações humanas eram compostas por atos de sorte e atos de escolha, entretanto, um homem virtuoso agiria conforme as situações determinadas por sua fortuna (sorte). O príncipe dominaria as condições de vida, mesmo que para isso fosse necessário o uso da força.
Sendo assim, o príncipe deveria ser audaz ao lidar com a fortuna, domina-la como se domina uma mulher, pois assim como a mulher a sorte se abre aos jovens, audazes e corajosos. O bom governante conheceria a realidade através de sua prudência, que para Nicolau Maquiavel é a noção de antevisão, onde o homem prudente prevê os acontecimentos e baseando-se na história busca meios de prevenir os atos “inevitáveis”. Conhecendo esta realidade e aplicando sua antevisão o príncipe buscaria