RESPONSABILIDADE SOCIAL
A expressão "responsabilidade social" foi escrita pela primeira vez em um manifesto de 120 industriais ingleses. O documento menciona que a "responsabilidade dos que dirigem a indústria é manter um equilíbrio justo entre os vários interesses dos públicos, dos consumidores, dos funcionários, dos acionistas”. Entretanto, as primeiras manifestações em defesa dessa ideia surgiram no início do século XX, com os americanos Charlies Eliot (1906), Hakley (1907) e John Clark (1916), e em 1923 com o inglês Oliver Sheldon (OLIVEIRA, 2000, p. 2).
Oliver Sheldon, em 1923, em seu livro “The Philosophy of Management” visava abranger a totalidade da administração, ou seja, a correlação e posicionamento da empresa frente a sociedade, numa tentativa de fundir a ética social com a prática da administração. Sheldon estabeleceu um conjunto de princípios que visava dar equilíbrio entre a abordagem cientifica da produção e a responsabilidade social da administração. Nesse processo o autor deixava claro que a mecânica da produção era secundária em relação ao elemento humano. Desse modo, Sheldon ampliou a abrangência do conceito de administração, fazendo com que o mesmo não estivesse mais limitado à produtividade interna da empresa, mas sim a um conjunto de princípios e valores considerados relevantes pela sociedade (ORCHIS; YUNG; MORALES, 2000, p. 4).
O novo direcionamento administrativo ganhou impulso após a Primeira Guerra Mundial, quando viu-se uma cooperação intensa entre a indústria e a comunidade pautada na necessidade de reconstrução de muitas nações. Nesse período houve um crescimento das associações de indivíduos na sociedade, a exemplo dos sindicatos, igrejas e clubes políticos que, além de visarem a melhoria das condições do trabalhador, desejavam a melhoria geral da sociedade. Esse espírito de ajuda mútua que se iniciou na sociedade, aliado ao conhecimento científico aplicado à administração, ancorado nas