Responsabilidade social
A intervenção social dos empresários esta submetida à lógica dos seus interesses de classe. Por traz de suas “boas intenções”, certamente estão as compensações econômico-políticas, o exercício da “responsabilidade social coorporativa” tempera a lógica da maximização dos lucros.
As próprias empresas afirmam que existem vários motivos para que invistam recursos “no campo social”, pois se beneficiam de diversas formas. Consideram que o desenvolvimento de um programa de “responsabilidade social” além de promover a cultura da cidadania corporativa, contribui para melhorar sua imagem no mercado e na sociedade,estabelecer a fidelidade dos clientes a seus produtos e serviços, aumentar a produtividade dos seus empregados, atrair novos investidores e obter incentivos fiscais do Estado.
A ação social do empresariado, na atualidade, não deve ser consideradas mera reposição de praticas filantrópicas e de caridade tradicional, e sim uma estratégia articuladora de um poder dirigente capaz de promover e difundir novos valores éticos, sociais, culturais e políticos em toda a sociedade.
A responsabilidade social das empresas cumpre um papel ideológico funcional aos interesses do capital, contribuindo para promover a descaracterização do papel do Estado e a reversão adensa a proposta de um dos direitos sociais. Mistificando e encobrindo o real, este ideário adensa a proposta de um outro padrão de intervenção nas expressões da questão social, com base nos valores de uma “cidadania genérica”, apolítica e aistórica, calcada no suposto ativismo solidário dos novos atores sociais e na valorização do privado, ou melhor, na falsa consciência da desnecessidade do