Responsabilidade moral, determinismo e liberdade
O progresso moral está relacionado à responsabilidade de grupos sociais ou indivíduos, porém só se pode responsabilizar alguém por um ato, quando este indivíduo possui liberdade para praticar tal ato. Neste contexto, comenta-se que existem condições para que a seja imputada a responsabilidade moral a uma pessoa. E essas condições englobam dois aspectos prioritários: o primeiro é que o sujeito que pratica o ato deve ter plena consciência de sua ação, a segunda é que o ato praticado deve ter ocorrido por sua livre vontade. Portanto, para que o indivíduo seja responsabilizado moralmente por um ato, deve tê-lo praticado com consciência e sem nenhuma coação superior à sua própria vontade. O indivíduo que pratica o ato isento dessas condições, deve ser responsável por sua ação. O indivíduo é totalmente responsável moralmente pelos atos praticados cujas conseqüências são previstas por ele, e estão sob seu total controle e domínio. A responsabilidade moral pressupõe a liberdade do sujeito da ação. Sugere-se três aspectos filosóficos que abordam a questão da responsabilidade moral: o determinismo, o libertarismo e a dialética da liberdade e da necessidade. O primeiro deles, o determinismo é no sentido absoluto, é incompatível com a liberdade, posto que neste caso, não se configura a liberdade, nem portanto a responsabilidade moral. Já no segundo, o libertarismo pressupõe-se que nem o caráter não poderia determinar a ação de um indivíduo para que se configurasse a liberdade, ou seja, o “EU deveria transcender o próprio caráter” e na ação praticada o indivíduo tem no seu caráter um papel relevante. Portanto, alguns denotam no caráter um limitador, uma negação da liberdade. No último aspecto, a dialética da liberdade e da necessidade, ressalta-se que o homem baseia seus atos em razões, ou seja, seus atos são determinados por causas. Os filósofos Spninoza, Hegel e Marx e Engels procuraram superar a dialética entre