Filosofia
3.3. Responsabilidade moral, determinismo e liberdade 1. Condições da responsabilidade moral
Um dos indicadores fundamentais do progresso moral é a elevação da responsabilidade dos indivíduos ou dos grupos sociais no seu comportamento moral. - O enriquecimento da vida moral acarreta o aumento da responsabilidade pessoal , surge o problema de determinar as condições desta responsabilidade adquire uma importância fundamental.
Os atos propriamente morais são somente aqueles nos quais podemos atribuir ao agente uma responsabilidade não só pelo que se propôs realizar, mas também pelos resultados ou consequências da sua ação.
O problema da responsabilidade moral está estreitamente relacionado com o da necessidade e da liberdade humanas, pois somente admitindo que o agente tem certa liberdade de opção e de decisão é que se pode responsabilizá-lo pelos seus atos.
Por isto, não basta julgar determinado ato segundo uma norma ou regra de ação, mas é preciso também examinar as condições concretas nas quais ele se realiza, a fim de determinar se existe a possibilidade de opção e de decisão necessária para poder imputar-lhe uma responsabilidade moral.
Questões importantes para a responsabilidade do ato moral:
- Quais são as condições necessárias e suficientes para poder imputar a alguém uma responsabilidade moral por determinado ato?
- Em que condições uma pessoa pode ser louvada ou censurada por sua maneira de agir? - Quando se pode afirmar que um indivíduo é responsável pelos seus atos ou se pode isentálo total ou parcialmente da sua responsabilidade?
Desde de Aristóteles, contamos com uma velha resposta a estas perguntas, nelas se evidenciam duas condições fundamentais:
a) Conhecimento: desde que o sujeito não ignore nem as circunstâncias nem as consequências da sua ação; ou seja, que o seu comportamento possua um caráter consciente. b) Liberdade: que a causa dos seus atos esteja nele próprio (ou causa interior), e não em outro agente