Resistencia dos Materiais- A Concessão da ponte Presidente Costa e Silva
A criação do Fundo Rodoviário Nacional (FRN), na década de 50, marcou o passo inicial para o grande desenvolvimento da malha rodoviária de nosso país. A partir de 1975, com a criação da caixa única e consequente enfraquecimento do FRN, os recursos foram ficando cada vez mais escassos, resultando na sua extinção pela Constituição Federal de 1988.
A degradação progressiva da malha rodoviária desencadeou o processo em busca de novo sistema de gerenciamento que culminou na criação do sistema de concessão de rodovias, que baseia na confecção de contratos para exploração da rodovia mediante a cobrança de pedágio. O órgão responsável pelas licitações, o DNER, elaborou um “Programa de Exploração da Rodovia”, com base nos modelos apresentados pelos diversos licitantes.
O programa de Exploração da Ponte- PEP, específico para a Ponte Rio- Niterói, previa um prazo de 6 meses para serviços iniciais, 5 anos para as obras de recuperação, 15 anos para o programa de manutenção e melhorias. O prazo total ficou sendo o período de 20 anos de administração da operação da Ponte, após este prazo, a Ponte Rio-Niterói reverterá ao poder público, com todas as benfeitorias nela implantada pela ponte.
5.1 Conhecimento do Problema
O problema de deterioração precoce do pavimento asfáltico ocorre devido ás deflexões da estrutura e á “não aderência” do pavimento à chapa metálica do tabuleiro. O pavimento apresenta vida curta. O crescimento do volume de tráfego diário, muito superior à taxa de 1,5% a 3% prevista na fase do projeto, também tem forte influência na ocorrência de problemas no pavimento.
5.1.1 Flexibilidade das Estruturas
As pontes em estrutura ortrópica possuem duas direções ortogonais com características muito diferentes e têm problemas de rigidez. Em 1992, os alemães deduziram que o desprendimento do pavimento era decorrente, e lançaram a Norma DIN 18.809, onde se específica que a chapa deverá ter espessura igual ou superior a