Residencia Heitor de Almeida - Vilanova Artigas

Vilanova Artigas

João Batista Vilanova Artigas nasceu em Cutiba/PR, em 23 de Junho de 1915.
Formou-se em 1937 Engenheiro Arquiteto, pela escola Politécnica da USP, e para complementar a sua formação técnica, também estudou desenho artístico.
Aprendeu o ofício de construtor ao trabalhar no escritório Bratke e Botti, em São Paulo.
Aos 23 anos o seu projeto ficou em 2° lugar no concurso do Paço Municipal de São Paulo, que participou em parceria com Gregori Warchavchik.
Entre os anos de 1937 e 1944, construiu muitas residências para a classe média paulistana, em parceria com o Engenheiro Duílio Marone.
A partir de 1944, manteve parceria com Carlos Cascaldi, seu ex-aluno e funcionário no escritório com Marone.
Em 1942 Artigas construiu a própria casa, no Campo Belo em São Paulo, com todos os cômodos no mesmo patamar de importância, não havendo a área nobre do terreno e nem fachada frontal, Artigas rompeu com muitos paradigmas da arquitetura residencial.
Artigas fez parte do grupo de professores fundadores da FAU – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo.
Em 1969, foi afastado da FAU e obrigado a se exilar no Uruguai, por determinação do Regime Militar. Em 1979, voltou a FAU USP, onde lecionou até a sua morte em 1985.

As obras de Vilanova Artigas podem ser divididas em três fases:
A primeira fase denominada “Wrightiana”, onde os seus projetos tinham grande influência de Frank Lloyd Wright, possui o ideal de liberdade e influencia orgânica, essa fase pode ser considerada de 1939 a 1944.
A segunda fase denominada “Corbusiana”, com grande influência do racionalismo de Le Corbusier, essa fase é influenciada pelo pós-guerra, quando Artigas assume uma postura anti-imperialista e o ideal progressista, e os EUA assumem uma atitude imperialista, e a arquitetura de Wright não mais condiz com Artigas. Relaciona-se a influência de Le Corbusier com a aproximação de Artigas à arquitetura carioca, em busca de uma arquitetura de caráter