Reservatório do mocó e usina chaminé
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A construção do reservatório de águas do Mocó foi iniciada durante a administração do governador Eduardo Ribeiro. Trata-se de uma grande estrutura de ferro camuflada por uma fachada em alvenaria, com quatro faces iguais que formam um grande caixote recortado por arcos, atualmente pintado em ocre e as platibandas em terracota. As quatro faces da construção são revestidas com bossagem, e cada lateral do andar térreo apresenta uma seqüência de sete arcos, ligado por pilares. Cada face do segundo pavimento apresenta sete edículas com frontão curvo definido o desenho das janelas. Estas são separadas por pilastras duplas. Sobre a cornija, ergue-se uma platibanda sem ornamentos, dividida por pequenas duplas de pilastras que seguem o mesmo sentido das pilastras do pavimento anterior. A estrutura de ferro é de origem inglesa, constando em algumas peças a inscrição Dorman & Long, a mesma encontrada na ponte Benjamim Constant. A construção de uma fachada para esconder a estrutura, assim como o cuidado com o tratamento de seu revestimento, revelam uma grande preocupação como o aspecto estético do prédio, discordando-se, portanto, do historiador Geraldo Gomes da Silva (1987, p. 94), quando afirma que esta obra não apresenta nenhuma pretensão estética; mas, concorde-se com a afirmação de que esta fachada não tem nenhuma relação com a lógica funcional da estrutura de ferro e que foi utilizada para mascarar o novo material, notando-se, entretanto, que este procedimento não é exclusividade do Reservatório do Mocó, esta prática manteve-se por muitas décadas até a aceitação do ferro como material capaz de ser aplicado e evidenciado nas fachadas. O Reservatório do Mocó é uma das quatro obras manauaras tombadas pelo Iphan e uma das 38 tombadas pelo Estado do Amazonas em