Resenhas

Universidade Federal da Bahia Profº. Djalma Thürler
Aluna. Géssica Figueiredo

Errante por um dia Saindo de casa sentindo a rua, o nível das calçadas, asfaltos, terra, chão... Cheiros, cheiros ruins, queimados, gasolina, óleo, cheiro de todos, misturas enjoadas... E o tal cheiro de lembranças, cheiro bons, tão dificil de sentir quando não se sente de verdade, flores, terra molhada, AH! esse cheiro da chuva, as árvores, as nuvens... Viajando a procura da visão do cheiro sentido e nada... Olho para cima prédios, diagonais, quadrados, triângulos, desenhos, círculos, formas e formas, casando perfeitamente, desenhos formados entre eles com certeza não programados, olho para baixo, gente, bastante gente, correndo, gritando, conversando, barracas, carros, buzinas, barulho, gente que não parece gente, cada um com seu dia-a-dia suportável, corrido, sem visões, sem sentidos, sem memórias. Andando e andando, sentindo e sentindo, percebo chegar onde ja tinha andado muito antes, só que surpresa, porque afinal minha mente não me levou ao tal lugar conhecido, minha mente analisava outros sentidos nunca sentidos e visões nunca vistas, apesar de ja ter passado muito por ali, me deixei me perder pelo lugar que conhecia, meus pés foram aonde eles queriam, minha mente parou e viajou pelas ruas, chãos, prédios, céus, gente e cheiros. Na noite, sentindo de outro ângulo, não menos importante, me neguei ao ritmo veloz da contemporaneidade, e sigo na minha lentidão em busca de enxergar nas ruas noturnas meu novo espaço conhecido; O silêncio esperado não existia ainda, carros, luzes, muitas luzes, muitos carros, prédios brilhando cada um com suas estruturas personalizadas, pessoas andando, dirigindo, umas em busca da noite, outras em busca do lar, outras prontas em seus pontos de trabalho... É! Não pude deixar de notar aquela puta da esquina, aquela esquina que durante o dia serviu para o barraqueiro vender suas bugingangas, la estava ela com o olhar triste apesar do