Resenhas
- Lutem, e pode ser que morram. Corram, e vocês vão viver. Pelo menos por um tempo. E morrendo em suas camas, daqui há muitos anos, vocês vão querer trocar todos esses dias que tiveram por uma chance, só uma chance, de voltar aqui e dizer aos seus inimigos que eles podem tirar nossas vidas, mas não podem tirar nossa liberdade.
Há uma coisa muito interessante neste filme. Logo no início, é dito que algumas pessoas podem dizer que o que está para ser contado é mentira e que a história é escrita pelo lado vencedor. É assim que Mel Gibson (que também dirige) cria o clima do seu filme. Um filme que não conta a história de um homem, mas sim como ele se tornou um mito. Quer as coisas tenham acontecido assim ou não.
O filme conta a história do herói escocês William Wallace, que ficou conhecido como Braveheart, apelido que dá o nome original do filme. Segundo um antigo poema, ele unificou todos os clãs da Escócia numa campanha contra a Inglaterra vencendo inúmeras batalhas antes de ser traído, capturado, torturado e morto. Isso tudo por volta da década de 1300.
O filme vai além do que se sabe na realidade e extrapola todo uma parte da vida dele não conhecida. Depois da morte de seus pais, ele vai ser educado pelo seu tio Argyle (Brian Cox). Retornando muitos anos depois, ele pretende apenas cultivar a terra e criar uma família. O plano parece ir bem até um inglês matar sua esposa para forçá-lo e se expor. Aí começa a sua campanha contra o rei conhecido como Longshanks (Edward I). Wallace era um excelente estrategista militar, e talvez se não tivesse sido traído, poderia ter sido bem sucedido em sua campanha. Mas não dependia apenas de sucesso nas batalhas, dependia também de sucesso político. Essa foi sua desgraça.
E o filme está recheado de batalhas, que é o que a platéia mais irá se lembrar. E apesar de ser marinheiro de primeira viagem em cenas como essa, Gibson faz um excelente trabalho. As batalhas tem muitos e muitos homens a pé ou em