Resenha
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
05. MARÇO. 2013
RESENHA: O Corpo e as Palavras (Rubens Alves)
Referência: BRUHNS, H. T. (org.). Conversando sobre o corpo. Campinas: Papirus, 1984. 5ª ed. (p. 17-42)
Refletindo sobre o que a Educação Física faz e trás para o corpo... Percebi que tudo se transformou em competição; os ideais, o amor por aquilo que se sonhou, foram deixados de lado.
As nadadoras que ficam em contato direto com a água, são as mais sacrificadas, centésimos de segundos são importantes demais.
A sofisticação e a precisão com que cada gesto é feito, transforma toda beleza em espetáculo, visto por tantas pessoas no mundo inteiro nas Olimpíadas... Porém nada disso é aproveitado por elas, afinal errar e perder os preciosos centésimos de segundos, pode significar a derrota.
Quem viu aquela corredora, que chegou ao final da maratona, com seu corpo desfigurado, músculos contorcidos por tanto esforço, pelo desejo de querer chegar ao pódio, imaginou que ela se sentiu vitoriosa por não ter desistido da corrida... Ao contrario, ninguém pode imaginar o quanto ela se sentiu humilhada por se ver naquele estado deplorável.
A Educação Física ou a educação do Corpo que é tão massacrantemente ensinada aos que participam de competições, em qualquer parte do mundo, também deveria trazer realizações, como por exemplo, num trecho do livro, O Pequeno Príncipe relata: “Apareceu um vendedor de pílulas que cortavam a sede, desta forma as pessoas economizariam tempo não precisando ir ao filtro e no mês sobraria uma hora. O Principezinho então concluiu que se tivesse uma hora para fazer o que bem entendesse, colocaria as mãos nos bolsos e iria tranquilamente ate a fonte. O vendedor não era tolo, afinal reverteria o tempo economizado em algo bom e prazeroso... Ir à fonte!”
O capitalismo que Marx criticou tinha a ver com tudo isso. O corpo é ensinado a esquecer de seus prazeres e vontades, e se transforma no local de sentido de posse. Nos