Resenha
Resenha sobre “As origens agrárias do capitalismo” .
Fernanda Silvério
Como mais preciso prólogo no escopo da discussão sobre não mais as generalistas concepções no tocante à origem do capitalismo, a historiadora e marxista americana, Ellen Meiksins Wood, nascido em 1942, editora na revista Monthly Review, enfoca, discorrendo diferentemente das convencionais concepções históricas a importância limiar de se considerar o ambiente rural como sendo berço do início, mesmo que indireto, ou não concreto, do capitalismo. Por consenso histórico, a partir da visão de Wood, é de integral associação, conceber o sistema capitalista como sendo inerente ao meio urbano, nas cidades. Determinando historicamente, tende-se a atribuir, de maneira natural potencial para que as cidades desenvolvam toda condição necessária para que o processo de capitalização se instaure. Não que seja inverídico a nota referente à disseminação constante pós urbanização, porém, quando se fala em origens, se torna equivocada a convenção. De início, a matriz continental do sistema, o Ocidente, Ellen Wood trata, a partir do que se tem registrado como argumento, a “autonomia ímpar das suas cidades e das classes únicas (típicas), os habitantes dos burgos, ou burgueses” (WOOD, 1998, 12). Conseguinte, o que culminou a aplicação, se deu por limitações às práticas econômicas urbanas e, adelante, o curso de tal processo seguiu espontaneamente todas as articulações necessárias para que se fundasse a realidade econômica na qual seguimos até o presente dia. Para Wood, é no campo onde se originam os sequentes compostos para consecussões em sistemas dos quais temos conhecimento. Abordando diretamente o “capitalismo agrário”, aponta a autonomia fundiária na obtenção de recursos. Posterior a esse episódio construtivo, outra personalidade expressiva é Martin Heidegger, conceituando Dasein