RESENHA

RESENHA

Admirável Mundo Novo

Renan Foiatto1

Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, conta a história de um futuro que não nos parece mais tão distante. Na história do livro, não existe reprodução de seres humanos através do ato sexual entre homem e mulher – muito menos a existência de pai e mãe. Ali, o processo de reprodução se dava através de sistemas criados em laboratórios e os seres humanos era manipulados e condicionados de maneira a fazer parte de uma determinada casta, na maioria das vezes o Processo Bokanovsky era responsável pelo surgimento de uma nova “vida”.
Desde que nasciam, os bebês eram submetidos a condicionamentos e alternâncias que configuravam os atos que futuramente esse ser humano praticaria conforme a casta que ele pertencia. As castas eram divididas de maneira crescente em: Epsilons, Deltas, Gammas, Betas e Alphas. Durante o sono, os bebês sofriam um procedimento chamado Sistema Hipnopédico, que constitia em falar inúmeras vezes uma frase, para que a mesma ficasse gravado no subconsciente e tardiamente se tornasse verdade. Pertencentes da castas mais baixas, eram submetidos a choques propositais quando chegavam perto de livros para que sempre tivesse receio de ler, sendo assim, não obteriam conhecimento que poderia resultar em questionamentos sobre a forma de vida que levavam.
Desde os bebês até os adultos, todos eram felizes, não importando o que eram submetidos a fazer. Para que tal felicidade instantânea fosse possível, existia uma espécie de droga chamada soma. Ao final de cada expediente, os adultos tomavam uma dose dessa droga que era distribuída pelo governo. A principal consequência que os manipuladores queriam com o uso da soma, é que a sociedade manipulada fosse sempre feliz e disposta a fazer o que lhes foi concedido desde que nasceram, não questionando ou reclamando sobre os trabalhos e funções de cada um dentro daquela sociedade.
Desta maneira, Huxley deixa bem evidente o contraste entre “antiga” e “moderna” civilizaçāo.