resenha
Matheus Rezende de Oliveira
Resenha sobre percepções sobre adoção e aconselhamento de modos de vida saudáveis por profissionais de saúde.
São Paulo
2015
O artigo compara como a percepção do profissional de saúde antes e depois de uma intervenção educativa em relação ao aconselhamento de um modo de vida mais saudável. Trata-se de um estudo desenvolvido por 22 profissionais em um centro de saúde. Fora aplicada uma entrevista antes e depois dessa intervenção, e os dados foram submetidos para uma análise. Os resultados mostraram como é difícil para os profissionais adotarem modos de vida saudável, e em aconselhar, com poucas mudanças em suas percepções após a intervenção. A prática curativista continua, e permanece predominante, junto com o enfoque na alimentação saudável e na atividade física. Os autores da pesquisa defendem que um profissional da saúde deve receber uma intervenção educativa que elucide quanto a um estilo de vida saudável, a fim de terem um domínio nos métodos mais adequados para tratar de doenças e agravos não transmissíveis (obesidade, diabete, hipertensão, etc…) promovendo a ampliação da autonomia desses profissionais. A pesquisa levanta um ponto importante, referente a inclusão dos profissionais da saúde em um estilo de vida saudável, para que assim possam encaminhar de maneira mais adequada seus pacientes. Não acho que seja extremamente necessário um profissional da saúde ter um estilo de vida exemplar, porém, a intervenção que conscientize os profissionais é necessário, para que seja evitado indicações equivocadas para o tratamento de certas doenças, ou para a prevenção de outras (como recomendar um exercício físico de alta intensidade para o tratamento de diabetes em um paciente sem condições cardiovasculares). Portanto, a pesquisa é válida até esse ponto, mas a não adoção do estilo de vida saudável não vai impactar na capacidade de diagnóstico de problemas ou de encaminhamento