Resenha
O filme "Crash no limite" retrata várias formas de preconceito, ao começo do filme o personagem interpretado por Chris Bridges começa tirando conclusões sobre tudo, afirmando que tudo em volta dele é racismo pela sua cor, afirmando que o ônibus tem as janelas transparentes para todos que estão fora ver e zoarem eles tanto pela cor quanto pela classe social. Ao ver a personagem de Sandra Bullock se juntando ao marido, Anthony (Chris) já afirma que ela ficou com medo pela cor deles. Por conta dessa descriminação percebemos que o crime é a revolta contra o preconceito. A maioria das cenas giram em torno do preconceito racial econômico, sexual e social. O filme tem representantes dos grupos étnicos mais diversos dentre eles negros, brancos, asiáticos e latinos americanos. O filme mostra a inocência de uma criança (filha do chaveiro que concertou a porta da casa de Jean Cabot interpretada pela Sandra Bullock), a prepotência e o abuso de autoridade de um policial americano (Matt Dillon) revoltado com o serviço social em relação ao seu pai que está doente, a venda de seres humanos dentro de um carro, que sensibilizou um assaltante negro a solta-los. Tudo o que aconteceu no filme também pode ser visto aqui no Brasil, onde a classe média olha para as classes mais baixas e despreza... quando um casal negro entra em alguma loja, podemos perceber que já tem alguém vigiando eles, seja por câmera ou algum segurança particular da loja seguindo-os. De acordo com o filme podemos perceber que não conseguimos ser certos sempre, e não somos o que queremos sempre, pois sempre há alguma coisa que mude a nossa percepção e nos faça agir de um modo inesperado, agindo por extinto.