resenha
À medida que vou esmiuçando o texto, observo que a autora se preocupa em apontar e fazer comparações sobre as novas dinâmicas dentro das territorialidades que estão ocorrendo no campesinato brasileiro. É lógico que existem algumas questões que precisam de definição, porém o que estamos absorvendo sobre essa problemática, não passa de notícias advindas do campo e que como sempre já saem do forno, um tanto quanto mascaradas pela mídia.
Na realidade o que a acontece é uma inversão de valores ou até mesmo uma supervalorização daqueles atores que estão a serviço do capitalismo em detrimento aos figurantes camponeses que lutam para reaver ou manter-se inserido no seu território.
O agronegócio virou moda e é mostrado como a mola propulsora da economia brasileira, onde o governo apoia e ampara esses “donos do mundo”. Diante dessa perspectiva a sociedade é enganada e passa a acreditar nas histórias arrumadas e contadas pelo governo brasileiro, através da imprensa monopolista.
O que acontece de fato é que o governo faz o jogo do time da globalização onde esse faz o papel de técnico e coloca todos pra jogarem uma partida onde muitas já conhecem o resultado. Não custa nada tentar olhar para países que tratam seus produtos agrícolas como algo até de pertencimento nacional dando um cunho nacionalista e protegendo aqueles que produzem e comercializam dentro do mercado interno. O governo brasileiro prefere andar na contramão e não demonstra interesse em mudar sua política de comércio interno e externo em relação a sua produção agrícola.
Ao adentrar na discussão da organização camponesa em prol do coletivo, onde todos são tratados de forma igualitária, a autora me parece querer voltar à fadada discussão entre socialismo x capitalismo. Esse discurso já é conhecido e acredito que não há mais lugar pra ele tendo em vista que