resenha

Instinto, cultura e sociedade
Já em primeira leitura, o texto revela a diversidade e amplitude das culturas em relação a gravidez em um todo. De certo modo apresenta uma “visão” não muito explorada em que o parto não é somente um ato biológico, mas também um processo social. Em algumas sociedades, o casamento só é consumado com o nascimento de uma criança, diferentemente de outras, que se consuma com as relações sexuais. O parto é considerado um ato social por também definir uma nova identidade da mulher, por afetar a relação entre marido e mulher e também com as pessoas ao seu redor.
O modo como os partos acontecem depende muito da cultura em que se está inserido, é rodeado por rituais e mitos,preceitos, proibições e tabus, porém poderia ser “livre” de tais costumes e se tornar apenas instintivo, sem necessidade de aulas, leituras de livros etc. Relatos exibem que nem sempre o ato de dar a luz é fácil, principalmente em sociedades menos avançadas, que em sua maioria separam as mulheres saudáveis para se obter sucesso em serem mães. Os efeitos do nascimento do bebê também podem se tornar traumatizantes para a mãe. A lesões na vagina podem ser irreparáveis, ficando com lacerações que vão até o ânus deixando-as excluídas e socialmente marginalizadas, tendo de viver sozinhas em cabanas.
Fantasias corporais no parto
Nessa parte apresenta-se uma enorme variedade de “fantasias” no parto que variam conforme os locais.Nas sociedades camponesas a fantasia era de que o bebê poderia subir no peito da mãe, sufocando-a e para se evitar isso, faziam massagens dirigindo o bebê para baixo, enrolava-se uma faixa de tecido em volta à volta da parte superior do abdômen, fazendo pressão sobre o útero. A idéia principal era fazer o bebê descer em vez de subir.
Em algumas zonas da África Ocidental, é comum encher de estrume de vaca a vagina de uma mulher que esteja em trabalho de parto longo e difícil. Tal costume tem significado nas comunidades pastoris onde a riqueza é medida