Resenha

Associações Analgésicas

Analgésicos Não Opioides

Os analgésicos não-opióides têm propriedades analgésica, antitérmica e antiinflamatória. Inibe o sistema enzimático da cicloxigenase (COX-1 e COX-
2), que converte ácido araquidônico em prostaglandinas, prostaciclina e tromboxanos. As prostaglandinas sensibilizam o nociceptor periférico às ações de histamina, que promove a reação inflamatória local e bradicinina, que estimula as terminações nervosas, levando à nocicepção. O ácido acetilsalicílico, dipirona, ibuprofeno e paracetamol são exemplos de analgésicos não-opióides, que modificam mecanismos periféricos e centrais envolvidos no desenvolvimento da dor. São indicados por tempo curto, particularmente para dores leves e moderadas. O tratamento da dor instalada (analgesia) é mais difícil, pois já foram desencadeados mecanismos envolvidos na sensibilidade dolorosa, intensificando a dor.

A aspirina e o paracetamol eventualmente são encontrados associados em compostos comercializados. Há poucas evidências, contudo, de que os efeitos analgésicos ou antipiréticos sejam aumentados como resultado dessa combinação. Ocorre um certo efeito teto quando a quantidade total de aspirina e paracetamol é próxima de 1 g. Mesmo sendo discutível a combinação de um AINE ao paracetamol, ela é justificada pois o paracetamol apresenta algumas ações distintas das ações dos AINE. Na dor que se segue à extração cirúrgica de um terceiro molar impactado, a combinação de 100 mg de diclofenaco em revestimento entérico com 1.000 mg de paracetamol proporciona um efeito analgésico superior ao que se obtém com qualquer dos fármacos utilizados separadamente, ou com 1.000 mg de paracetamol associados a 60 mg de codeína. A formulação do diclofenaco utilizada nesse estudo, contudo, foi menos eficaz que o observado tipicamente em casos clínicos.

Várias dessas combinações também contêm cafeína. Sendo a cafeína um analgésico coadjuvante, porém quando é utilizada