resenha
Segundo Aron, para Weber, algumas ações de Foster como abandonar o carro no trânsito são consideradas racionais pois permitem Foster de se aproximar de seu objetivo de ir pra casa. A violência, por outro lado, é uma ação afetiva-emocional, Foster poderia ter atingido seu objetivo mas, entretanto, foi guiado por suas perturbações.
Ao entender o que está acontecendo no mundo é possível um indivíduo entender o que está acontecendo dentro de si mesmo associando sua biografia ao contexto histórico em que se está inserido (Mills, 1965). Ao longo do filme, Foster, como mais uma vítima do desemprego da crise pós-Guerra Fria, passa a compreender sua posição de “não economicamente viável”. Ao final do longa, após uma fracassada reconciliação com sua família, Foster entende a posição em que se encontra e prefere morrer a viver na cadeia e então deixar à sua filha o seguro do Governo que ela então teria a receber.
Assim como é possível associar o filme às ideias de Mills, também pode-se relacioná-las à reportagem “'Pensaram na TV Globo e não nos trabalhadores', diz presidente do sindicato dos metroviários”. Os torcedores, já acostumados ao horário do jogo, reclamam não ter como voltar pra casa devido à falta de transportes públicos após o término do jogo. Os metroviários, por sua vez, não querem trabalhar até tarde e afirmam que o jogo deveria ser