resenha
De acordo com a autora o assistencial não se constitui como um mecanismo que “resolva” ou “dê solução”, problemas nascidos da sociedade capitalista. A presença do assistencial nas políticas sociais conforma o usuário, possível gestor , em beneficiário assistido. Aparentemente oponente à assistência, que se fundamentam no uso de repressão e da coerção.
A ação assistencial do Estado está imbricada na relação capital - trabalho, se faz na seqüela da exploração da força de trabalho, que se expressam nas precárias condições de vida das classes subalternizadas, resultando a desigualdade e o pauperismo. No Brasil, o enfrentamento do crescente processo de pauperização e espoliação dos trabalhadores se deram pelo uso de duas estratégias básicas mantidas pelo Estado.
Segundo Sposati é a presença do mecanismo assistencial nas políticas sociais que configuram como compensatórias de “carências”. Com isso justifica-se para o Estado selecionar o grau de carência da demanda (financeira, nutricional, física etc.) para incluí-la/excluí-la dos serviços ou bens ofertados pelo programas sociais.
A política social é um mecanismo que o Estado utiliza para intervir no controle das contradições que a relação capitalismo-trabalho gera no campo da reprodução e reposição da força de trabalho,e busca o consenso a fim de garantir a relação dominação-subalternidade..
A crescente multiplicação de movimentos sociais no Brasil como forma de mobilização e criação de espaços de pratica e política, faz dos confrontos como o Estado elementos para a construção da cidadania. A realização da cidadania tem que se fazer sob forma de solidariedade social, que avance enquanto organização das classes