Resenha

Uma nova postura dos agentes envolvidos na promoção do desenvolvimento regional, um novo posicionamento pró-ativo e quebra de antigas barreiras entre agentes e atores envolvidos, garantem desenvolvimento regional e estabelecem ações que permitem interação e cooperação entre eles. Organizações dessa natureza, como as redes de cooperação, associações e arranjos regionais de desenvolvimento, que são criados pelas políticas públicas e por outros agentes fomentadores de ações coletivas, vêm se alastrando a passos largos.
O Estado de Mato Grosso, na promoção de políticas públicas implantou, em 2008, o programa MT Regional com o objetivo de chegar às pequenas propriedades rurais - fruto de assentamentos ou não - e promover o desenvolvimento com as mesmas ferramentas e oportunidades proporcionadas ao agronegócio que é exercido com êxito por grandes empresários. Foi exatamente essa discrepância herdada há décadas que fez surgir nesse Estado diferentes regiões em um mesmo universo federativo. Existem regiões consideradas ilhas de prosperidade enquanto, por outro lado, o que se vê são bolsões de pobreza.
Com a nova dinâmica no meio agrícola mato-grossense, o Estado realizou levantamentos regionais, identificando as vocações de cada região para desenvolver projetos e fomentar as potencialidades agroindustriais. A Secretaria Extraordinária de Planejamento Estratégico (SEPE) dividiu os 141 municípios mato-grossenses em Consórcios Intermunicipais de Desenvolvimento Sustentável (CIDESA). O objetivo principal consiste em traçar o perfil econômico, social e político e, principalmente, identificar as vocações dos municípios para produção agroindustrial em suas comunidades. Devido à complexidade destas redes de cooperação, a articulação faz-se necessária e depende do comprometimento e da sinergia por parte dos agentes e atores envolvidos para alcançar sucesso. Contudo, é necessário que a governança também seja compartilhada e ocorra de forma preeminente para que garanta a