Resenha
No segundo capítulo desse livro, denominado “A Globalização de Mercados”, Levitt apresenta a tecnologia como uma ferramenta que tornou a comunicação, os transportes e as viagens itens mais acessíveis à população em geral, fato que proporciona um maior conhecimento acerca da modernidade como um todo. Detentores desse conhecimento, os consumidores agora passam a exigir produtos com a mesma qualidade dos comercializados nos países desenvolvidos.
No mundo dos negócios, as consequências dessa globalização são inúmeras. Levitt, porém, ressalta a importância da adaptação dos profissionais de Marketing a essa nova realidade: os potenciais clientes buscam não apenas a qualidade do produto, mas um preço adequado e atraente. Para isso, é preciso que a corporação esteja disposta a padronizar cada vez mais seus produtos, a fim de reduzir custos e conquistar uma parcela ainda maior do mercado. A padronização de produtos visa relativizar e amenizar os gostos e preferências de cada região, tornando-os um critério menos relevante na hora de comprar: é o preço que deve reger a escolha.
Padronizar os produtos não significa ignorar os segmentos do mercado e seus hábitos e preferências, mas somente aceitá-los após a certeza de sua imutabilidade. Costumes e diferenças culturais continuarão a existir e a impor um obstáculo para a globalização, mas o que se observa é que o mundo converge para a homogeneização de gostos, num contexto onde práticas dogmáticas já não encontram terreno firme. Uma boa corporação global entende essa circunstância e considera algumas mudanças a fim de conquistar e manter seus clientes.
Durante sua análise, Levitt nos mostra claramente sua intenção de fortificar a ideia de que a homogeneização dos gostos é um dos principais