resenha
A estatueta não é, de maneira alguma, injusta. Os Falsários é um bom filme, drama que carrega paralelos inegáveis com a obra-prima de Steven Spielberg, A Lista de Schindler. Não pela forma ou estética, mas pela história de uma pessoa que trabalha junto aos alemães e consegue salvar a vida dos que estavam ao seu lado. O protagonista aqui é Salomon Sorowitsch (Karl Markovics), um artista conhecido como "Sally", que prefere usar seu dom para criar dinheiro falso do que quadros. Seu lema é algo do tipo "Poderia pintar para ganhar dinheiro, mas por que fazer isso se posso fazer meu próprio dinheiro?"
Acostumado à boa vida, Sally se descuida, vai preso e acaba em um campo de concentração. Seus dotes artísticos e sua perspicácia salvam sua vida quando ele se torna o retratista dos guardas da SS - em troca de alguma imunidade e um prato extra de comida. Mas com a guerra já em estágio avançado e os cofres alemães cada vez mais vazios, Sally é transferido para Sachsenhausen, onde vai liderar para os alemães um grupo de prisioneiros com especialidades que vão de química a fotografia e artes, na confeção de dinheiro falso. Primeiro a libra esterlina e depois o dólar.
Apesar de utilizar nomes fictícios, o filme é inspirado em fatos reais, contados no livro The Devil's Workshop, de Adolf