Resenha
Introdução.
Cantiga de roda ensinada nas escolas do Brasil, que aplicada na sociedade, pode-se fazer um paralelo da desigualdade social que impera por todo o país. Uma verdadeira ciranda, uma roda de pessoas de mãos dadas, que cantam uma canção, e à medida que a roda aumenta, cria-se uma nova roda dentro da outra e a canção se repete, a brincadeira contínua, e nada muda. Só a roda aumenta. A roda da desigualdade, do analfabetismo, da corrupção, do desemprego; roda que não para de rodar. É nesta toada que o autor faz uma análise da situação do Brasil em 1992, porém em 2011, a cantiga continua e a roda só aumentou...
CIRANDA CIRANDINHA, VAMOS TODOS CIRANDAR...!!!
A cantiga de roda cantada nas escolas diz assim: “Ciranda cirandinha vamos todos cirandar, vamos dar a meia volta, volta e meia vamos dar. O anel que tu me destes era vidro e se quebrou, o amor que tu me tinha era pouco e se acabou. Por isso dona Ciranda entre dentro desta roda diga um verso bem bonito diga adeus e vá-se embora.” (cantiga popular).
Esta roda de crianças é formada com todas de mãos dadas, rodando em sentido alternado, e a cada vez em que a roda aumenta, uma nova roda se forma e fica dentro da outra, e a brincadeira segue sempre neste ritmo, sem vencedores e nem vencidos. A roda rodou, cresceu, e a cantiga continua. O texto a seguir diz : “Estamos vendo dois extremos da perversidade social. Os mais fracos são as maiores vítimas: as crianças e os velhos. E uma sociedade que não respeita suas crianças e seus velhos mostra desprezo ou, no mínimo, indiferença com seu futuro. Vamos ao óbvio: todo mundo já foi criança e será velho um dia. Portanto, ninguém está seguro“ (Dimenstein, Gilberto - Cidadão de Papel, pg.6, 1992)
Incrível isto!!! Em 1992 o autor contemplava esta sociedade, a roda já rodava! Só que em 1990