Impacto no meio ambiente
Os Relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC), apresentados pela Organização das Nações Unidas (ONU) durante o ano de 2007, revelaram que os acúmulos na atmosfera dos gases de efeito estufa (GEEs) aumentam significativamente os riscos de acidentes ambientais no planeta.
Governos e setores da sociedade estão se mobilizando, em vários países, para reduzir as emissões desses gases. São políticas que incluem a introdução de programas de redução e comércio de emissões, taxas sobre a produção de energias poluentes, bem como regulamentos e normas para incentivar a eficiência energética e a gestão de emissões.
O Brasil tem uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo se comparado a outros países, principalmente aqueles em desenvolvimento. Esta matriz, baseada na hidroeletricidade, consome bem menos do que combustíveis fósseis – principais geradores de gases de efeito estufa e que contribuem para o aquecimento global.
É neste contexto que o setor produtivo tem dado a sua contribuição: fortalecendo parcerias com a comunidade científica e órgãos públicos para incentivar pesquisas e inovações tecnológicas. Entre os pontos estudados destacam-se a eficiência energética, as energias renováveis, a fixação de carbono na biomassa e em sumidouros geológicos, e a formulação do inventário de emissões do país.
O setor industrial também vem adotando medidas para reduzir a emissão de GEEs, e alguns setores já vislumbram oportunidades de negócios no mercado global de crédito de carbono. A comercialização de crédito de carbono pode ser ainda mais rentável quando os projetos forem validados e verificados de acordo com a norma ISO 14064, publicada em 2006.
Voltada à quantificação e ao monitoramento de emissões de GEEs, a ISO 14064 foi elaborada com a participação da CNI, que tem representação na Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). No mercado internacional, a tonelada de carbono