Resenha
Para compreendermos as instituições educacionais, precisamos primeiramente estudar e entender um pouco sobre todo o movimento histórico pelo qual estas passaram, para ocupar o lugar que ocupam hoje na sociedade. As creches nem sempre tiveram a responsabilidade de educar as crianças, como nos dias de hoje, até algum tempo atrás possuíam um caráter mais assistencialista do que educacional, não se diferenciavam muito de asilos e internatos, basicamente cuidavam de filhos de mães solteiras que não tinham condições para criá-los.
O movimento histórico pelo qual as creches passaram, esta relacionado de forma direta com as mudanças do papel da mulher na sociedade, que cada vez mais assumiram trabalho e outras atividades fora de casa. Com a implantação das grandes industrias, na segunda metade do seculo XIX, provocou uma grande necessidade de mulheres casadas ou solteiras para o trabalho nas fabricas. Trazendo preocupação para as que tinham filhos, que acabavam por deixar as crianças aos cuidados de vizinhos. Não aguentando mais a situação, na década de 1920, protestaram contra as condições as quais eram submetidos nas fabricas e reivindicaram, dentre outras coisas, creches para seus filhos. E surtiu efeito, as fabricas atenderam algumas das reivindicações, inclusive as de criação de creche para os filhos de operários, como uma forma de controlar os trabalhadores.
No período de 1930-1960, a preocupação com medidas de promoção de saúde e forma de evitar a marginalização e criminalidade de crianças em populações mais pobres, levou alguns grupos sociais influentes a defenderem as creches como agencia promotora de bem-estar social. É aí que o modelo de assistencialista, que as creches estavam inseridas começa a ser alterado.
Porem, apenas em 1988 a constituição reconhece a creche como uma instituição educativa, “um direto da criança, uma opção da família(apenas até 2009) e um dever do Estado”. Ou seja, a creche passa