resenha
A resenha é um gênero textual que tem dois objetivos explícitos: informar o leitor sobre o objeto resenhado e avaliar — elogiar ou criticar — esse objeto, que pode ser um livro, um filme, uma exposição de pinturas, um CD, um DVD, etc1. Assim, resenha não é a mesma coisa que resumo. São dois gêneros textuais diferentes, com objetivos, conteúdo e estrutura diferentes, embora possam ser aplicados ao mesmo objeto.
Em uma resenha, portanto, descreve-se objetivamente, com alguns detalhes, a obra, sua finalidade e seu método ou estilo. A partir dessas características, desenvolve-se um juízo crítico de seu conteúdo, da forma como foi organizada, do método, chegando a um conceito que possibilite ao leitor um conhecimento mínimo sobre a obra tratada. Basicamente, conforme Motta-Roth (2001), a análise desse gênero permite que sejam percebidas quatro etapas: apresentar – descrever – avaliar – recomendar a obra. Em geral, essas ações tendem a aparecer nessa ordem, mas podem variar em extensão. Em se tratando da resenha de um livro ou texto, é necessário que o resenhista tenha feito uma leitura acurada do livro ou texto em questão e pode se valer, também, de outras leituras que venham a enriquecer sua análise e comentário. É necessário, portanto, que o autor da resenha tenha conhecimento da obra em sua totalidade, saiba definir o que é importante e o que é desnecessário, seja fiel e respeitoso com o autor da obra, mesmo não concordando com a mesma ou fazendo um juízo crítico diferente do ponto de vista do autor da obra resenhada.
Farina (2001) identifica dois tipos básicos de resenha: a de livros técnicos e/ou teóricos e a de obras literárias e/ou artísticas. Para o autor, as diferenças entre esses dois tipos não são tão substanciais, mas bastante visíveis. Em seu artigo, ele sugere alguns elementos que, preferencialmente, devem aparecer nos dois tipos de resenhas. Vejam-se essas sugestões a seguir.
INDICADORES PARA RESENHAR OBRAS LITERÁRIAS E/OU