Resenha

Logo na primeira cena do filme, aparece um médico sem fronteiras ajudando os africanos em guerra civil, onde este tenta salvar meninas esfaqueadas e violentadas pela facção criminosa dominante. Anton, como bom médico, não julga as pessoas que atende já que seu papel é salvar vidas, independente de quem for o paciente. Isso é uma exemplificação do senso moral.
Depois, uma sequência de cena que nos chama a atenção é o ambiente escolar onde observamos um exemplo de bullying e violência contra Elias, sendo essas ações opostas aos valores éticos. Após um tempo, Elias faz amizade com o recém-chegado Christian e este não aceita as injustiças praticadas por Sofus e sua “máfia” contra todos.
Por isso, quando Sofus machuca o nariz de Christian ele resolve revidar ao invés de Elias que sempre aguentou tudo calado. Então, Christian pratica um ato de violência batendo em Sofus com uma bomba de bicicleta causando ferimentos graves e o ameaça com uma faca. Entretanto, essas ações não refletem seu verdadeiro caráter já que tudo isso ocorre após a morte de sua mãe por motivo de câncer, causando um enorme trauma em Christian. O pai deste reflete sobre o ocorrido e diz uma frase com decisão e consciência morais “Se bater nele, ele bate em você, você revida e ele nunca acaba”.
Elias, também é um pouco traumatizado por conta da distância entre seus pais que estão prestes a se divorciar por causa da traição cometida por seu pai e da solidão sentida por sua mãe. Por esse motivo, o garoto é tímido e reservado. Através da aproximação com seu novo amigo Christian, Elias modifica seus valores, pois aprende a mentir para seus pais e “aceita” a violência com mais facilidade. Certo dia em um parquinho, o pai de Elias é agredido por Lars ao tocar o filho deste após uma briga entre crianças e o pai de Elias não reage porque não quer praticar a violência e se rebaixar ao nível de Lars. Mais para frente, seu pai em uma situação na África é obrigado a tratar do chefe da facção criminosa