Resídos solidos
“Para onde vai o lixo” é o título da reportagem na qual Francisco Lopes ressalta que a construção e manutenção de aterros sanitários está fora do alcance da maior parte dos municípios. “Mais de 90% não têm orçamento para manter um aterro”, disse Francisco, que defende cobrança de taxa para cobrir os gastos extras dos municípios com a coleta seletiva. “É importantíssimo para garantir a sustentabilidade dos serviços”, explicou à reportagem.
A publicação está disponível no site da Radis e pode ser acessada aqui.
Confira, abaixo, a íntegra da matéria:
Para onde vai o lixo?
Política Nacional de Resíduos Sólidos prevê fechamento dos lixões até agosto, mas somente metade dos municípios brasileiros chegaram a elaborar seus planos de gestão de resíduos
Elisa Batalha
É lei desde 2010. A partir de 3 agosto de 2014, não será permitido descartar lixo em vazadouros a céu aberto — os lixões — sob pena de multa. Segundo a Lei 12.305, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), o material reciclável deve ser coletado separadamente, e o que não tiver aproveitamento deve ser levado a aterros sanitários. Apesar da proximidade do prazo, grande parte dos municípios não elaborou o seu Plano de Gestão de Resíduos Sólidos, com soluções ambiental e socialmente adequadas para o problema do lixo. Conforme levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), apenas 9% dos municípios haviam elaborado o plano até 2012, quando venceu o prazo dado pela lei para essa etapa. Segundo dados da última Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, do IBGE, de 2008, o país conta com 2.906 lixões, onde o lixo é depositado sem tratamento, em 2.810 municípios, mais da metade do total de municípios do país. O problema é mais grave em