Resenha

O filme se passa em uma comunidade que tem como a principal fonte de subsistência o trabalho em uma mina de carvão na região de Monstou, na França; um ambiente que remonta o período de revolução dos operários no século XIX, tempo que também viria a influênciar meio mundo depois, visto que também acontecia a Revolução industrial naquele país. O proletariado levava uma vida miserável. A jornada de trabalho cobrava deles que fossem às minas antes mesmo que os primeiros raios de sol aparecessem no céu, essa minas não apresentavam condições para um trabalho pelo menos saudável, as estacas que faziam os escoramentos das minas não eram fortes o suficiente para manter o lugar de pé e frenquentemente aconteciam desmoronamentos que leavam a óbito algum mineiro, que devia ser substituido o mais rápido possível visto que o salário vinha de acordo com os vagonetes cheios de carvão, que se enchiam mais rápido se você tivesse a equipe completa, e para tornar a situação ainda mais difícil os patrões impõem uma nova forma de pagamento, diminuindo o valor pago pelo vagonete cheio e passando a pagar os escoramentos de forma individual; toda essa condição de trabalho sub-humana era imposta também aos filhos desses mineiros, esse trabalho infantil era necessário para que a família pudesse comer todos os dias, é chocante mas o filme mostra crianças que não parecem ter mais do que 8 anos já trabalhando. O ápice dessa miséria é apresentado ao telespectador logo no ínicio do filme ao apresentar, o pai de um dos protagonistas, um senhor que começou a trabalhar na mina aos 8 anos e só parou aos 58, fica evidente nesse senhor quais às condições a que eram expostos os trabalhadores já que ele possui uma saúde muito debilitada, com tosses constantes e pela visível intoxicação, ele chega a cuspir “carvão” em um desses acessos de tosse; devido ao número de acidentes a que sobreviveu recebeu o apelido de “boa morte”, o que também evidência a opressão burguesa a que são submetidos os mineiros.