resenha
Elis Paranhos
Os parágrafos abaixo foram extraídos de algumas apostilas trabalhadas em sala de aula com o professor Anderson. O fracasso da educação escolar no Brasil é um fato incontestável. Convive-se com altos índices de exclusão escolar evasão e repetência, baixa remuneração aos professores ausência de políticas de formação em serviços baixos índices de investimento em educação publica. Em termos de taxa de escolarização, tem-se um ensino de primeiro grau altamente seletivo. Dentro da lógica da “pedagogia da repetência” acredita-se que um aluno ao repetir terá a oportunidade de “refazer”, de “reparar” aquilo que não sabe ou que não estudou convenientemente. Uma criança repetente tem a metade das chances de ser aprovada no ano seguinte, quando comparada a uma criança ingressante nessa mesma série. Ao invés da repetência permitir que o aluno “refaça” seu aprendizado, via de regra, cria espaço para sua estigmatização, marcando-o como diferente ou deficiente em relação aos demais. No processo de seletividade na escolarização tem –se como informação que a maioria das crianças reprovadas ou que se “evadem” é a que freqüenta as escolas públicas das redes estadual e municipal de educação, proveniente das camadas mais pobres da população. A realidade da educação escolar no Brasil se reflete nos serviços de atendimento de saúde mental oferecidos à população, principalmente na área da Psicologia. Metade das crianças encaminhadas para atendimento psicológico era de ingressantes cujos professores já acreditam que apresentem problemas de aprendizagem, podemos levantar um certo “olho clínico” do