Resenha
O artigo Designação: A arma secreta, porém incrivelmente poderosa, da mídia em conflitos internacionais escrito por Kanavillil Rajagopalan da Universidade Estadual de Campinas, contêm idéias oriundas de um projeto de pesquisa financiado pelo CNPq. Em seu artigo Rajagopalan argumenta que a designação é um processo que proporciona um nome e um endereço ao objeto, o colocando em evidência, sendo esta a primeira forma de manipulação da atitude do leitor. O autor destaca, portanto, a importância de se examinar as estratégias de nomeação ou designação, em tentar compreender o papel da mídia na disseminação de informações ideologicamente dirigidas.
O artigo se desenrola em três partes, que estabelecem uma fácil compreensão ao leitor, decorrente de uma seqüência lógica de idéias. A primeira parte do artigo tem como o título uma pergunta - Nomes: afinal o que há de tão curioso nessas palavras? -, que incita o leitor a buscar uma resposta para tal questão dentro do próprio texto. O autor inicia esta parte mostrando que os nomes próprios causaram e ainda causam diversas discussões entre os lingüistas. Rajagopalan ainda demonstra que é através do nome próprio dos objetos que devemos encontrar algo que não possa ser separado do objeto, ou seja, algo que esteja acoplado ao objeto de maneira inseparável.
A segunda parte demonstra que toda notícia, toda reportagem jornalística, começa com um ato de designação, de nomeação. A própria gramática tradicional nos ensina que primeiro devemos identificar o sujeito para então dizer algo a respeito. E é no uso dos nomes próprios que o discurso jornalístico imprime seu ponto de vista e atrai a atenção do leitor. Um exemplo disso, é a frase do presidente Bush, logo após o atentado de 11 de setembro de