Abordagem Inatista-Maturacionista
Muitos já ouviram este questionamento a respeito da herança genética. ‘Manuela é tão observadora, puxou a mãe’, ‘João tem uma incrível aptidão para línguas’, também são comentários que colocam em evidência a influência dos aspectos genéticos no comportamento dos descendentes. Maturidade, aptidão, inteligência são temas estudados pela psicologia e que conferem um papel central aos aspectos biológicos no desenvolvimento da criança. A perspectiva chamada inatista-maturacionista (Fontana e Cruz, 1997) considera que os fatores hereditários ou maturacionais são mais importantes que a experiência e a aprendizagem para o desenvolvimento infantil e para determinação das capacidades da criança.
Esta abordagem afirmaria sem duvidar que o fato de filhos de artistas tornarem-se artistas, filhos de esportistas tornarem-se esportistas, filhos de médicos, tornarem-se médicos estaria ligado à hereditariedade e à maturação.
Mas o que entendemos por hereditariedade e maturação?
Características da criança que foram herdadas de seus pais (cor dos olhos, dos cabelos, o tipo sanguíneo, dentre outras), fazem parte da herança genética individual que cada um de nós recebe desde a concepção. A hereditariedade pode ser entendida então, como o conjunto de características ou qualidades que estão fixadas na criança, já no nascimento.
Já a maturação pode ser compreendida como o padrão comum de mudanças que se dão em todos os membros de uma mesma espécie. Estas mudanças ocorrem em uma sequência pré-determinada que, de forma geral, independe de fatores externos.
E qual a relação destes temas com a questão da inteligência e da aprendizagem?
Teóricos desta abordagem acreditam que o desenvolvimento psicológico acontece do mesmo modo que o desenvolvimento biológico. Desta forma, segundo esta perspectiva,
• A inteligência e as aptidões individuais seriam herdadas dos pais e já estariam pré-determinadas por ocasião do nascimento. Dessa forma, o