resenha

GORENDER, Jacob. O épico e o trágico na história do Haiti. Estudos Avançados (USP), São Paulo, 18 (50), p. 295-302, 2004.

RESENHA

No texto, que é uma resenha de um livro de C.L.R. James, o autor nos mostra uma breve biografia de James e os anacronismos por ele cometidos como, por exemplo, comparar a rebelião dos escravos com revoltas de operários do século XX...
O Haiti era uma região rica e extremamente produtiva. Franceses e ingleses desenvolveram ali técnicas avançadas de plantio de açúcar, além de cruzamento de espécies do produto e este acaba por derrubar o preço do açúcar de outros produtores inclusive o do Brasil.
Mas não era só o açúcar produzido ali, tinha também o cacau, café, algodão e anil.
As primeiras tentativas dos espanhóis de utilizarem a mão de obra do índio através do trabalho forçado resultaram em guerras, tendo assim dizimado toda a população indígena de pequenas ilhas como o Haiti.
Na ilha viviam cerca de 500 mil escravos 32 mil brancos e 24 mil mulatos, estes eram trabalhadores livres e, com a independência, os negros temiam que eles tomassem o poder.
Foi decidido, em nome dos princípios da Revolução Francesa acabar com a escravidão em suas colônias, ou seja, onde houvesse uma colônia francesa não mais poderia haver escravidão.
A notícia espalhou-se rapidamente e os escravos ao saberem disso, não esperaram receber oficialmente a notícia e começam a se organizar para libertar-se.
O primeiro a tentar a libertação dos escravos haitianos foi Mackandal , um feiticeiro vodu muito respeitado no Haiti e que acaba sendo queimado vivo. Outro grande líder foi Toussaint L’Ouverture. Este veio de uma família de um chefe tribal africano, oque já lhe rendia uma condição diferenciada em relação aos demais escravos. Estudou francês, latim, leu muitos livros de autores iluministas, jornais das colônias. Suas habilidades administrativas, de organização e o espírito de liderança ajudaram muito na rebelião.
Durante a revolução francesa, parte