Resenha

“Ônibus 174”
Esse documentário nos mostra a realidade no mundo em que vivemos, de como os “Sandros” sobrevivem em meio de tanta discriminação e preconceito de pessoas como nós. Muita gente, até mesmo eu antes de ver o documentário, antes de saber de que o Sandro era uns dos sobreviventes da CHACINA DA CANDELÁRIA e de saber que sua mãe foi assassinada na frente dele, nós julgávamos por ser um menino de rua que roubava para se alimentar e para comprar a sua droga. Julgávamos como “marginais”. O julgamento de muitos acontece por usarem drogas e roubar, mas talvez isso aconteça por ninguém ter dado uma chance, uma oportunidade de recomeçarem uma nova vida, de acreditarem que eles querem sair dessas ameaças, discriminações, dessa vida que trás desconforto. José Padilha abriu os olhos da sociedade, mostrou o outro lado da história, tocou em muitos, mas por um breve momento. Logo depois esquecem que isso é a realidade do mundo de hoje, alguém precisa fazer alguma coisa para mudar essa situação, mudar as pessoas, para o mundo melhorar. O Sandro só queria que todos olhassem para ele, de uma forma que ele se sentisse importante alguma vez na vida, que se preocupassem com ele. E conseguiu, mas não da forma que ele tentou mostrar de como ele podia ser uma pessoa boa, foi da forma como nós tínhamos a visão do marginal, do bandido e drogado. Mostrou como era o pensamento da sociedade para com ele. Ônibus 174 marcou e muito. No fim, não sabemos ao certo quem teve a maior culpa no que aconteceu.