resenha
É a organização que produz mercadorias e serviços para os quais há clientes com a combinação ótima dos fatores de produção: trabalho, capital e terra? Ou seja, ela precisa operar com custo mínimo e preço máximo visando a maximização do lucro?
É uma organização conservadora do ponto de vista financeiro com um estilo com o qual todos seus colaboradores se identificam e que tem um management tolerante e sensível ao mundo em que vive?
Pela primeira definição, o sucesso costuma ser expresso de três modos: pelo crescimento, pelo lucro e pelo preço da ação. No entanto, vários palestrantes da Expo
Management World 2004, capitaneados pelo especialista em estratégia holandês Arie de
Geus, afirmaram que essas medidas são insuficientes em um mundo em que é importante mostrar capacidade de gerar lucros no longo prazo para atrair capital.
Segundo De Geus, a longevidade é que deve ser o principal parâmetro das empresas e ela está contida na segunda definição. Vários palestrantes da Expo Management World discutiram isso, ainda que sob nomes como “sustentabilidade” e “crescimento orgânico”, conceitos que também embutem a idéia de que ações de curto prazo não devem comprometer a sobrevivência no longo prazo.
A maioria das companhias existentes derrapa no quesito longevidade, no entanto. A expectativa de vida média de uma empresa de qualquer tamanho em diferentes partes do mundo é inferior a 20 anos, segundo De Geus.
Arie de Geus era um executivo da Royal Dutch/Shell na década de 1970, quando ousou fazer, com sua equipe, esta pergunta: “Devemos administrar para obter lucro ou para durar? Temos escolha?”. Depois de muito debate, eles chegaram à conclusão –naquele momento, filosófica– de que uma empresa deve existir para durar.
Então, a equipe pôs-se a pesquisar um grupo de empresas que atendiam às seguintes condições: tinham, no mínimo, os mesmos cem