Resenha

Movimentos de encosta de Ouro Preto MG - O caso da Vila São José
Os movimentos de encostas são causa de grandes preocupações no nosso país, por ocasionar danos materiais e vítimas, muitas das vezes fatais. Ouro Preto é uma dessas cidades, suas características morfológicas, climáticas e geológicas, o relevo forte e o alto índice pluviométrico, entre outros fatores favorecem movimento de massa e processo erosivo nas suas formações rochosas. No Morro do Curral, que é objeto deste estudo, situado no centro de Ouro Preto, pode se perceber a ocorrência dos movimentos em questão, que se tornaram causa de preocupação, pois podem ocasionar acidentes fatais e danos ao patrimônio histórico. Estudos comprovaram a ocorrência de variedades de movimentos na encosta.
De Dezembro de 1978 a fevereiro de 1979, Preto foi atingida por fortes chuvas que fizeram com que várias regiões fossem assoladas por diversos escorregamentos, sendo que o pior deles ocorreu na Vila São José. Devido à extensão destes movimentos deu-se início um dos maiores estudos geotécnicos de Ouro Preto: o retaludamento da encosta na vila. Decidiu-se pela suavização da encosta removendo 600.000m³ de material. Os técnicos recomendaram a construção de um tapume por cerca de arame contornando os limites inferiores da área de terraplenagem para inibir a ocupação do tipo permanente a instalação de um completo sistema de drenagem e a cobertura vegetal com grama em todos os taludes. No futuro a plantação de árvores de porte médio. Em virtude da não implantação do sistema de drenagem, um ano depois alguns trechos voltaram a sofrer com escorregamentos. Das 488 ocorrências feitas pelos bombeiros, entre 1988 a 1989, 5 se deram na Vila São José.
Na base da encosta do Morro do Curral, encontram-se várias edificações importantes. Problemas advindos da desestabilização da encosta podem ter graves consequências, visto que a mesma se localiza no centro histórico de Ouro Preto. A Vila São José hoje é foco de grande