Luiz Antônio Marcuschi é doutor em filosofia da linguagem (1976) e pós-doutor em questões de oralidade e escrita (1987). É professor titular em linguística do Departamento de Letras da Universidade Federal de Pernambuco. Na UFPE, criou o Núcleo de Estudos Linguísticos da Fala e Escrita (NELFE). É pesquisador IA do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e foi, por várias vezes, representante de área tanto no CNPq quanto na CAPES. Tem várias publicações, muitas delas explorando temas pioneiros na área da linguística. Segundo Marcuschi os gêneros textuais são os fenômenos históricos vinculados à vida cultural e social, são eventos textuais altamente dinâmicos que contribuem para ordenar e estabilizar as atividades comunicativas do dia-a-dia. Elas surgem emparelhadas as necessidades das atividades socioculturais, bem como na relação com inovações tecnológicas. “Novos gêneros e velhas bases”, Marcuschi apresenta o conceito de suporte, ao explicar que as novas tecnologias proporcionaram o surgimento de diversos novos gêneros textuais, a partir de novos suportes – rádio, televisão, jornal, revista, internet etc. Os novos suportes favorecem a criação de novos gêneros, mas que estes novos gêneros são todos ancorados em velhas bases, ou seja, outros gêneros já existentes anteriormente. É uma relação imediata que surge conforme a evolução e vai surgindo a partir da interação das conversas. Por exemplo: o chat (bate-papo pela internet) é uma nova forma do gênero conversa pessoal, que também favoreceu o gênero conversa ao telefone. Em muitos casos são as formas que determinam o gênero e, em outros tantos serão as funções. Há casos em que será o próprio suporte ou o ambiente em que os textos aparecem que determinaram o gênero presente.
O conceito de tipo e de gênero textual. Toda comunicação verbal se dá através de algum gênero textual e se constituem como ações discursivas e comunicativas para agir no mundo, constituindo-o