Resenha
Dilema Presente e Futuro
O descompasso entre a evolução de salários e a produtividade no Brasil passou a gerar uma pressão inflacionária extra, manchando as virtudes de cenário de pleno emprego.
A força de trabalho cresceu num ritmo superior ao de vagas, quebrando a dinâmica que até então ajudou a equilibrar o nível do emprego em contexto de baixo crescimento.
Para garantir a taxa de emprego estável, o país precisa gerar 62 mil vagas formais por mês em 12 meses. Estamos em 47 mil.
O Banco Central está aumentando os juros, para que a economia cresça menos do que está crescendo, a taxa de desemprego aumente, os salários cresçam menos e gerem menos pressão inflacionária. Com a inflação baixa e pressões salariais reduzidas o consumo fica menor, desacelerando a produção, o que vai ajudar as empresas se recompor, pois o problema das indústrias é o custo elevado.
Na visão dos analistas, o foco do governo deveria estar na inflação e no aumento da produtividade da economia. Com a desvalorização do real, podem ocorrer melhoras nesse setor, mas a ideia seria ofertar o setor de produção por meio de investimento, reduzir os custos e aumentar a competitividade.
Nesse caso, a exigência de qualificação de mão de obra é muito grande. No Brasil, o ensino profissionalizante é totalmente voltado para a indústria, pois este setor comanda o PIB. Temos que migrar para uma política que entenda que 65% do PIB estão vinculados ao setor de serviços.
O êxodo rural sofreu queda significativa de trabalhadores, devido à produtividade das indústrias e exigência de profissionais capacitados, afastando os de baixa escolaridade das culturas menos intensivas em mão de obra. Além dos menos escolarizados, as crianças também deixaram de trabalhar no campo para estudar mais.
Ainda que a perspectiva seja de aumento de escolaridade dessa população, dificilmente os mais velhos buscarão estudar para aumentar seus rendimentos.
Ponto de Vista do Grupo:
Para o país gerar uma