resenha
Fala-se muito sobre erros e acertos dos empreendedores. Sobre o que fazem, como fazem e porque fazem. Mas pouca importância se dá a outro importante componente do processo empreendedor: raramente se analisa o papel do investidor no sucesso e insucesso de uma startup. O fato é que investidores também acertam e erram. Erram mais do que acertam. São falíveis e muitas vezes falham. Errar é do jogo, mas há erros e erros. A pior forma de errar é fazer o errado achando que está certo, porque aí não se aprende nada.
O primeiro grande erro está no fato do investidor não aportar o dinheiro de uma só vez, mas fazer isso em tranches, ou seja, em etapas, à medida que a empresa vai entregando o que prometeu no PN. Pode-se escrever um tratado sobre o porquê disto ser ruim, mas vou sintetizar: a quebra em tranches disparados pelo cumprimento de milestones é ruim porque o empreendedor esquece a estratégia e se concentra nas táticas para atingir os tais milestones. A empresa faz o que o PN prometeu, mas normalmente às custas de um desvio considerável do caminho ideal para o sucesso. A empresa faz isso porque se o dinheiro não entra, ela quebra e, todos sabemos, sobrevivência é a maior das motivações.
Por outro lado, o investidor precisa medir e acompanhar o processo de investimento. Não pode simplesmente depositar alguns milhões em uma conta e torcer para que tudo dê certo. Gestores de investimento têm uma obrigação fiduciária com os verdadeiros donos do dinheiro. Nada mais correto e justo do que eles garantirem controles e compararem orçado versus realizado.
A ARTE DE FAZER MUITO MAIS COM MUITO MENOS
Eram muitas as expectativas criadas em torno da Web na década de 90. Quanto mais espetaculares as possibilidades, mais inflacionadas eram as esperanças e maiores foram as frustrações. Mas, quase uma década após o estouro da bolha, a Web chega ao seu plateau de produtividade, trazendo para qualquer empreendedor, em