Resenha
Tudo acontece quando, na ilha de Saint-Michel, na França, dois amigos - Jack e Thommas - encontram-se com Sonia e iniciam uma longa conversa. Jack (interpretado por Sam Waterston) sofreu uma desilusão na política ao perder a eleição para presidente dos EUA, e por isso, veio ao encontro de seu amigo Thommas (interpretado por Jonh Heard), um poeta que também estava meio desiludido com a vida por está recém-separado e na crise da meia-idade. No caminho eles param para admirar a ilha e se deparam com Sonia (interpretada por Liv Ulmann), uma física e cientista desiludida com os fins que serviu sua pesquisa e os rumos que sua profissão tomou.
Percebe-se que a palavra frequente aqui é desilusão. Cada um passando pela sua, de modo diferente, mas interligados, pois os três personages começam a se questionar sobre tudo aquilo que antes acreditavam. No decorrer da conversa eles falam muito sobre esssa interligação existente no mundo, onde este é como um organismo vivo. No entanto, Sonia acredita, e diz isso a Jack, que os políticos aplicam o método cartesiano, em que o todo é dividido em partes, para estudando e entendendo cada uma, procurar entender o todo. Este entender para os políticos seria controlar, induzir, prever.
Como o próprio título sugere, o filme propõe uma mudança, uma nova forma de ver o mundo, a sociedade e o meio ambiente, principalmente tentando entender que nada é isolado, como sempre reitera Sonia em suas falas, por exemplo quando a personagem fala de uma árvore e todas as suas relações com suas partes: raiz, caule, folhas, e a própria terra onde a planta está. Sob essa perspectiva, percebe-se que a maior mudança proposta no “Ponto de Mutação” é a