Resenha
O filme "O elo perdido" relata a história de médicos escoceses que saem em expedição pela África Equatorial para capturar pigmeus. O médio Jamie Dodd e sua companheira de expedição Elena encontram e captura o casal de pigmeus Toko e Likola. Quando volta a cidade Jamie se desentende com seus companheiros de pesquisa, que estavam determinados a provar o elo perdido da espécie humana a todo custo, quando defende que o casal de pigmeus demonstra inteligência e sentimentos humanos. Ví¬tima da segregação dos amigos, do escárnio da comunidade cientí¬fica e da crueldade humana, Jamie vê seus amigos pigmeus serem expostos no zoológico local e submetidos, como ele próprio, a muitas humilhações. O casal de pigmeus era tratado como animais. Ao final do filme Toko é morto após defender Likola. Jamie volta a África para devolver Likola para sua tribo.
Percebe-se no enredo do filme toda a relação que havia entre o discurso e poder, sendo o poder do colonizador irá sempre sobrepor ao colonizado. Bonici ( 2005 : 223) , que "gerações de europeus se convenciam de sua superioridade cultural e intelectual diante da "nudez" dos ameríndios; gerações de homens, praticamente de qualquer origem tomavam como fato indiscutível a inferioridade das mulheres". E essa superioridade com relação ao filme não estava direcionada à mulher, mas sim a outras raças humanas que não fossem a européia, o branco. Tanto que os cientistas procuravam a todo custo concluir suas pesquisas para provar que o casal de pigmeus era apenas um tipo de animal que não possuía emoções ou sentimentos humanos, por isso não mereciam nenhum tipo de consideração.
O "Outro", que no filme era os pesquisadores e a corte européia não aceitava que existisse uma outra raça humana diferente da sua. Outro ponto em destaque era a hegemonia européia havia todo um jogo de poder da classe dominante que procurava a todo custo provar que não havia outra